Registros históricos dão conta de que foi em meados do século XVIII, provavelmente, que teve início a formação do núcleo colonial que deu origem a Itabaiana, uma cidade paraibana que dista a cerca de 79 km de João Pessoa. Sua formação está ligada aos fundamentos da Missão do Pilar, estabelecidos no local pelos padres jesuítas. Alguns chegam a apontar um certo padre Fidélis como fundador da povoação, localizada no município de Pilar.
De acordo com a Lei provincial nº 125, de 11 de outubro de 1864, foi criada a comarca de Itabaiana, inclusive com jurisdição sobre o território de Pilar. Pela Lei provincial nº 723, de 1º de outubro de 1881, o povoado foi elevado à categoria de vila, tendo recebido a denominação de Itabaiana do Pilar. Essa mesma lei suprimiu o município de Pilar, anexando o seu território ao de Itabaiana, para onde foi transferida a sede municipal. Mas, apenas quatro anos depois, em 8 de outubro de 1885, a Lei provincial nº 800 recompôs a situação: Pilar retornou à categoria de vila e município, ficando Itabaiana novamente subordinado a ele durante mais de um lustro, quando foram definitivamente restaurados a vila e o município de Itabaiana, pelo Decreto estadual nº 14, de 23 de abril de 1890. No ano seguinte, de conformidade com o Decreto estadual nº 63, de 26 de março, a vila foi elevada à condição de cidade, restaurando a primitiva denominação.
Na divisão administrativa do Brasil de 1911, Itabaiana apareceu composta do distrito de igual nome e dos de Salgado e Mogeiro de Cima; na de 1933 figura apenas o distrito da sede.
Nas divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e de 31 de dezembro de 1937, como também no quadro anexo ao Decreto-lei estadual nº 1.010, de 30 de março de 1938, o município apareceu assim constituído: Itabaiana, Guarita, Mogeiro e Salgado. No quadro territorial estabelecido pelo Decreto nº 1.164, de 15 de novembro de 1938, para o quinquênio 1939-1943, nenhuma alteração foi proposta; porém, a comarca apareceu dividida em dois termos – Itabaiana e Pilar, tendo este último, contudo, se tornado comarca em 1940.
O Decreto-lei estadual nº 520, de 31 de dezembro de 1943, alterou para Tabaiana o topônimo da comarca e município, o qual, durante o quinquênio 1944-1948, apresentava a seguinte constituição: Tabaiana, Aburá (ex-Salgado), Guarita e Mogeiro. Por força da Lei nº 318, de 7 de janeiro de 1949, o topônimo voltou a Itabaiana, compondo-se dos distritos da sede, Mogeiro, Guarita e Salgado de São Félix (ex-Aburá). A Lei estadual nº 996, de 17 de dezembro de 1953, criou-lhe o distrito de Campo Grande, elevando o total para cinco.
Existe uma controvérsia quanto à grafia correta do nome do município. Uns defendem que é Tabaiana, oriundo do vocábulo indígena taba-anga, que significa “morada das almas”; já outros registram que certo é o topônimo Itabaiana, também originado do tupi-guarani e resultante da fusão de ita (“pedra”) e baiana (“que dança”), alusivos a uma pedra vermelha então existente no leito (frequentemente seco) do Rio Paraíba, que corta a região, a qual, segundo se conta, balançava-se, em movimentos rotatórios, como que dançando.